Claro que seria inevitável o desejo de escrever algumas linhas sobre os recentes acontecimentos de Paris.
As mortes e a manifestação.
Sobre as mortes, melhor dizendo sobre os violentos assassinatos, muito já se escreveu e falou e muitíssimo mais ainda aparecerá.
Não haverá palavras suficientes para condenar os autores de tal barbaridade, porem devemos parar para pensar sobre o que vai dentro da cabeça e das consciências de quem esteve disposto a matar e a morrer, em nome de uma Religião.
Os desenhos que causam tanto furor se por um lado revelam um humor caustico e satírico, por outro lado e na minha opinião, atingem algumas vezes os naturais sentimentos dos seguidores do Islão, uma Religião que merece o respeito de todos tal como desejamos para o Catolicismo e outras.
Desnecessária e provocadoramente.
A liberdade que temos na Europa, tem limites éticos e isso parece andar esquecido. A liberdade exige bom senso, a liberdade exige boa educação, a liberdade exige compreensão, a liberdade não pode ofender gratuitamente, em suma, a liberdade pode ser castigada.
Uma gigantesca manifestação em Paris se tivesse só englobado apenas o povo anónimo tinha toda a justificação e representaria algo de extrema importância e vigor. No entanto quando juntou dezenas de políticos que afinal não se misturaram por naturais e compreensíveis razões de segurança, fiquei com a sensação de que o folclore estava presente !
Porque para muitos deles, haveria fortes razões para estarem com os olhos postos não em Paris mas nos seus países onde impera muito maior violência e onde naquele momento por ventura,
estariam a ser assassinadas crianças e mulheres igualmente inocentes.
Tal como já escrevi em outro local, sou da opinião que com as Religiões todas as brincadeiras têm os limites que o bom senso e a boa educação cívica devem impor.
Mas uma vez mais, nada justifica a violência e os assassinatos.
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