Hérnia famosa

 Após várias tentativas conseguimos ser recebidos pela dona hérnia, o que foi difícil porque tem andado muito requisitada para entrevistas, nomeadamente pelo Ricardo Araújo Pereira.

A nossa entrevista decorreu em Belém numa residência bonita, cor de rosa e com bonito jardim virado para o Tejo. E foi assim que decorreu.

“Dona hérnia em primeiro lugar muito obrigado por nos receber neste acolhedor ambiente.

Como começou a sua odisseia? 

Tudo começou no princípio ha ha ha…mas logo se tornou num assunto de Estado pois o meu hipocondríaco hospedeiro, falador descontrolado achou por bem dedicar à minha presença bla bla bla imitando a Greta irritada.

Quem se prejudicou, fui eu porque logo me apontaram um bisturi!

Mas dona hérnia não tem família? 

Sim sim tenho uma mana mais velha mas por isso mesmo fez uma plástica  , mania das elegâncias…

Agora estou a pensar fazer o mesmo porque tenho umas viagens previstas e não vou aparecer por lá com aspecto enrugado he he he 

Dona hérnia como aguenta as insónias do seu hospedeiro?

Nem imagina, ele tem a mania que tem sabedoria universal e vai daí já o apanhei com o tlm na mão a ir ao Google para saber o que vai dizer amanhã numa qualquer visita, a um laboratório nuclear por exemplo e aí despeja o que aprendeu, acrescenta umas palavras de Direito e pronto…

Mas dona hérnia já lhe pediram autógrafos?

Já já e até selfies!!! Não me faço rogada até porque o meu incontrolável hospedeiro quando lhe perguntam por mim logo levanta a fralda da camisa sem receio que eu me constipe.

Desculpe mais uma pergunta dona hérnia, o que pensa do momento político?

Não me obrigue a falar… mas já agora vou revelar um segredo, uma caixa não é o que os jornalistas dizem?

Outro dia espreitando pelo buraquinho de um botão da camisa do hospedeiro, vi o Primeiro Costa a rir muito, sentado ao nosso lado.

Dizia algo assim…oh querido amigo eles são mesmo patetinhas, não perceberam que calcei uns patins à Catarina e ao Jeronimo e agora vou puxando os cordelinhos.

Até me assustei com a risada do meu hospedeiro que enfatizou com uma sonora palmada na perna do Costa. Dois grandes malandrecos!!! Eu já andava desconfiado !!

Dona hérnia não desejamos abusar da sua simpatia e portanto uma última questão, não deseja deixar uma mensagem para os portugueses?

Claro. Portugueses continuem tranquilos porque os políticos e governantes irão continuar a fazer o mesmo de sempre, confirmando uma grande verdade, as moscas vão mudando mas a mas mas a ..coisa continua igual 😂    “

Foi altura para nos despedirmos, muito agradecendo e em passo de corrida descemos uma pequena ladeira e fomos comer uns deliciosos pastéis de nata, não sem antes levantarmos algum dinheiro no multibanco ali mesmo ao lado😜

O carvão

 O título parece um pouco estranho ou despropositado mas não é o caso.

A última Central a carvão para produzir energia elétrica ,acabou de fechar para enorme alegria e satisfação de ambientalistas e Governo, este apostado mais uma vez em ocupar os primeiros lugares no cumprimento das obrigações europeias.

Ficamos então dependentes das barragens, das eólicas ,de painéis  fotovoltaquios e da importação de gaz natural.

É uma dependência perigosa. O gaz natural não está eternamente garantido pois como já vimos está sendo usado em conflitos vários e formas de pressão política. 

Já tivemos oportunidade de estudar e investigar se existem jazidas de gaz natural  perto do Algarve mas o alarido impediu a continuação dos trabalhos iniciais. Ficaríamos livres de importações e do jogo subjacente.

Por outro lado, a importação de energia elétrica que chega de Espanha pode não estar eternamente garantida. Dali nem bons ventos nem bons casamentos…

A água nas barragens, suficiente para nos abastecer de energia, tem sofrido gravemente com as alterações climatéricas e com uma gestão de caudais nem sempre pacífica, mesmo altamente discutível face a uma Espanha que obviamente cuida primeiro das suas necessidades!

Resta o vento. É irregular mas independente e limpo. Seria uma fonte barata de energia se não tivesse existido evidente proteção abusiva das empresas produtoras sob o beneplácito da omnipresente EDP.

Isto para eu expor a minha posição.

Precisamos cada vez mais de contar com muita energia elétrica. Precisamos de tal garantir sem depender de terceiros ou do perigo de alterações do clima, dificilmente controláveis nas próximas décadas .

Não sei se não teremos de um dia vir a considerar o uso de energia nuclear e sem receios.

Circulam no mar centenas de embarcações movidas energia nuclear. No ar andam aviões com bombas nucleares. Há novas centrais nucleares a nascerem em alguns países e outras já funcionam há muitos anos.

Em Portugal existiu ( não sei se ainda existe ) um pequeno reator nuclear. Não digo onde.

Toda a forma de produção de energia tem os seu aspectos negativos ou perigosos, em maior ou menor grau mas mesmo as centrais nucleares vão sofrendo enorme evolução tecnológica e portanto, pelo menos, devia haver a coragem para se estudar com seriedade a sua implantação em Portugal. Seria nossa total independência no campo da energia.

Contra ventos e marés, eu defendo tal passo.

A palavra de um Francicano

 Aqui está o texto que me foi enviado pelo Franciscano P. Henrique Pinto Rema ( OFM), a propósito das minhas duvidas sobre a viagem de Santo António desde Marrocos até à Sicilia.

“ Na legenda VITA PRIMA O ASSIDUA, escrita para a sua canonização em 30 de Maio de 1.232, cap. VI, 3,4 e 5 lemos em latim e italiano a sua doença em Marrocos e o seu regresso à “ terra natal, durante a viagem de barco, porém, quando se aprontava para desembarcar em solo de Espanha, pelo impulso dos ventos ( ventorum pulsu) se vê deixado nas margens da Sicilia” donde parte no fim de Maio para Assis, a fim de participar no chamado Capítulo das Esteinas e dali o levam para o Norte da Itália, onde manifestará a sua sabedoria na pregação “

Eis o texto . Quem sou para tal colocar em dúvida esta douta explicação ? Porém , continuo achando que algo não parece razoável.

De Espanha até à Sicilia são muitas milhas náuticas….

Algum leitor pode contribuir para este aliciante tema??

No meu tempo

Já repararam que à medida que a nossa idade avança, começamos a ter alguma dificuldade em aceitar novas modas?  

E depois lá vem a lamuria , “ no meu tempo”….

Pois estou nessa fase e que abrange várias áreas, desde o sempre presente mundo da política passando pelos usos e costumes até ao linguajar !

Ora por exemplo, no meu tempo cada pessoa tinha as suas inclinações sexuais mas não as andavam a apregoar, o contrário do que acontece no presente onde a norma é apregoar urbi et orbi, para que grupo se juntam. Isto a tal ponto que muito recentemente, em entrevista televisiva , uma adolescente dizia que a sua namorada….etc

Um conhecido politico achou que devia dar a conhecer ao mundo que de macho já nada tinha.

Passando junto a grupos de jovens aquilo que no meu tempo eram palavrões proibidos, ali são de uso e abuso corrente.

Nas escolas , no meu tempo, ai de quem quebrasse o silêncio ou tentasse agredir um professor. Agora ….

No meu tempo a nossa História merecia o maior respeito e admiração, agora joacines pseudo intelectuais tudo contestam e querem ou apagar ou modificar.

E em breve, há quem insista em apagar, o ele e o ela  .

Na nossa política estava eu acostumado a ver só gente de saber e de intocável honestidade, pois agora uso poderosa lupa para encontrar os que ali se enquadram. Dando tanto  trabalho à Justiça que esta demora anos a chegar a sentenças, quantas vezes incompreensíveis.

O que acontece é que com estas pequenas amostras, está difícil manter a minha sanidade mental!!

Doutor Mocho

 Foi prometido e portanto vou tentar numa explicação simples, recordar como nasceu a referência ao Doutor Mocho e o blog.

Ao casamento das nossas três Filhas muito naturalmente vieram os Netos , para nossa grande alegria.

Obviamente também vieram trabalhos, missão conferida aos Avós que como é sabido e reconhecido inclui a deseducação …e os mimos por vezes bem exagerados.

De vez em quando ficavam em nossa casa para bom proveito dos progenitores e agitação bem boa para os Avós .

Chegada a noite e deitados num beliche , o adormecer dos malandrecos não era tarefa fácil e passou a ser missão do Avô ,encontrar forma dos encaminhar para bons e tranquilos sonhos.

E que melhor senão com pequenas e divertidas histórias nascidas da imaginação?

Pois bem, o cenário era o nosso jardim e tinha três personagens principais, a saber:

O nosso cão, um fox terrier de inesgotável energia, chamado Paxá, um macaco endiabrado e claro, o Doutor Mocho que fazia o papel de educador e juiz de brigas.

O Doutor Mocho tinha a sua casinha no alto de um eucalipto e dali tinha uma visão abrangente da agitação e das malandrices, muitas e variadas, aprontadas pelo traquinas do macaco que na maioria das vezes serviam para arreliar o Paxá . 

A coisa terminava invariavelmente com uma chamada do macaco à presença do Doutor Mocho que tinha o chamado”livro dos castigos “ com 100 páginas e que de acordo com a sua elaborada sapiência, abria a página número x e lia a sentencia, escutada nervosamente pelo macaco!

Eram castigos que normalmente provocavam boa risota nos já ensonados Netos e que adormeciam para na manhã seguinte perguntarem pelo macaco!!!

E foi assim que o Doutor Mocho também entrou nos meus prazeres da escrita quer no blog quer em contos .

Ele também me inspira nos comentários irresistíveis a tudo que atinja a minha opinião sobre o País em que vivemos.

E agora se alguém tiver paciência para ler estas poucas linhas …que me desculpe qualquer cosinha😜

Recordando

 Já passaram oito anos quando pela primeira vez me envolvi em iniciativas da LPCC - Liga Portuguesa Contra o Cancro, organizando e realizando um primeiro Peditório, em Setúbal.

Depois do segundo, já com um dinâmico grupo de setubalenses bem esforçados, fui desafiado para instalar um Grupo de Apoio que pudesse ser a base para o Voluntariado e Valências de apoio a doentes oncológicos.

Com o apoio de gente de bom coração fomos organizando reuniões em vários locais ao mesmo tempo que procurávamos a cedência de instalações com caráter definitivo.

E assim fui batendo a várias portas, Câmara Municipal, União das Freguesias e Misericórdia.

Quando já quase desanimávamos , o Provedor Dr Cardoso Ferreira cedeu à LPCC  uma casa situada no Bairro Salgado! 

Precisava de obras mas já era algo que nos deu novo alento. 

Feitas as obras que não foram simples, passámos a uma fase engraçada, encontrar quem pudesse oferecer mobiliário.

E este apareceu sob a forma de ofertas, ao mesmo tempo que se começou o convite para quem tivesse tempo e disposição para formação no âmbito do Voluntariado.

Fase extremamente interessante que proporcionou a existência de Valências de muita utilidade para quem procurava o novo Grupo de Apoio ( GASET), incluindo o apoio com cedência gratuita de medicamentos, o Reiki e a Psico-oncologia.

Depois foi a instalação do Vencer e Viver, dedicado a doentes com cancro da mama.

Entretanto foi crescendo a dinâmica do Grupo que foi desafiado pela Direção do Núcleo Regional do Sul da LPCC, a tentar implantar uma Delegação ,no Seixal.

O que foi conseguido com a inestimável ajuda de Dois Voluntários locais e o enorme apoio da Câmara Municipal do Seixal, ao contrário do que acontecera em Setúbal.

A Autarquia adquiriu um local bem localizado e que cedeu à LPCC !

Neste breve resumo fica o resultado da minha participação na implantação em Setúbal e no Seixal de uma Instituição relevante e que em mais de setenta anos, tanto feito em prol de quem sofre de doença oncológica.

Sabe bem está recordação!!!

INCRÍVEL

 Pois estou abismado com as notícias que dão conta de militares comandos , em esquemas de tráfico de diamantes e droga!

Jamais podia imaginar que uma tropa de elite e com tantas provas dadas de completa formação se envolvesse em redes de alta criminalidade.

Temos de aguardar mais informações sobre as investigações mas o que já chegou ao conhecimento público , chega para compreendermos a profundidade de um problema que parece ter sido descoberto por uma denúncia, o que na minha opinião torna o caso num patamar de maior gravidade.

Em suma , uns poucos militares acabaram de sujar o relevante passado e presente dos Comandos que em vários cenários perigosos ,muito honraram as nossas tradições militares e Portugal.

Que a Justiça seja rápida e justa!!

Vacinação coxa

 Ora vejam o que está a acontecer com a presente campanha de vacinação!

Falhanço total!!

Sairam os militares começou a falhar toda a organização. Pois assim fica demonstrado que se em vários setores da administração pública se colocassem militares , a eficiência melhoraria acima dos 99%….

Bem sei que a maioria dos funcionários se esforçam até ao limite das suas forças mas falta quem a níveis superiores tenha capacidades de chefia e organização.

E quem sofre? Todos nós!

Pois muito bem, aguardemos uma decisão efectiva ou da Ministra da Saúde ou do próprio Primeiro Ministro , pese embora o momento em  que estão a arrumar as gavetas 😀

Santo António

 Vou escrever algumas linhas sobre um episódio da vida do nosso Santo António, muito disputado por Pádua.

E esse episódio, relatado em dezenas de textos, saltou aos meus olhos em cinco dos livros que tenho sobre a sua extraordinária vida.

Nascido em Lisboa, num determinado momento obteve autorização para ir evangelizar em Marrocos onde foram torturados e mortos cinco missionários espanhóis.

Ora todos os autores e os mais ilustres historiadores, baseados em documentos do final do século treze afirmam que terá adoecido e decidido voltar para Portugal.

Mas o barco foi levado por uma tempestade até à Sicilia. 

E foi a partir dali que iniciou o seu percurso de grande e ilustre pregador até chegar a Pádua e recebido por São Francisco.

O que me importa, é que estranho o relato da grave doença e da tempestade.

E porquê?

Uma tempestade que durou cerca de 500 milhas náuticas?

Desde a costa marroquina até Sicilia não apareceram outras ilhas?

A partir da Sicilia porque não aparecem mais referências a uma  grave doença?

Estaremos perante um relato adaptado a determinadas circunstâncias?

Sem qualquer base e apenas raciocinando, a verdade”verdadeira “… pode ser que existindo realmente a tempestade, o navio chegou a zonas costeiras de França por desejo da tripulação e quem sabe, talvez a rogo do próprio Santo António e que está comprovado que esteve em França.

Um emérito Franciscano português, profundo estudioso da vida de Santo António defende a primeira versão, existente em textos antigos.

Quem sou eu para o contradizer?

Ai que saudades!

Pois muito bem, passaram meses e eu andei por outrs lados esquecendo este velho palco! Mas acontece que insistiram para eu voltar a botar faladura solt

ando os meus azedumes perante um País que anda coxo e se deixa ultrapassar por todos. Assim mais ou menos, pobrezinhos quase de pé descalço mas alegrets.

Ora resta algum milagre, quem sabe se colocarem um Vice Almirante a mandar a malta a trabalhar e acabando com as politiquices que abundam.

Mas