O carvão

 O título parece um pouco estranho ou despropositado mas não é o caso.

A última Central a carvão para produzir energia elétrica ,acabou de fechar para enorme alegria e satisfação de ambientalistas e Governo, este apostado mais uma vez em ocupar os primeiros lugares no cumprimento das obrigações europeias.

Ficamos então dependentes das barragens, das eólicas ,de painéis  fotovoltaquios e da importação de gaz natural.

É uma dependência perigosa. O gaz natural não está eternamente garantido pois como já vimos está sendo usado em conflitos vários e formas de pressão política. 

Já tivemos oportunidade de estudar e investigar se existem jazidas de gaz natural  perto do Algarve mas o alarido impediu a continuação dos trabalhos iniciais. Ficaríamos livres de importações e do jogo subjacente.

Por outro lado, a importação de energia elétrica que chega de Espanha pode não estar eternamente garantida. Dali nem bons ventos nem bons casamentos…

A água nas barragens, suficiente para nos abastecer de energia, tem sofrido gravemente com as alterações climatéricas e com uma gestão de caudais nem sempre pacífica, mesmo altamente discutível face a uma Espanha que obviamente cuida primeiro das suas necessidades!

Resta o vento. É irregular mas independente e limpo. Seria uma fonte barata de energia se não tivesse existido evidente proteção abusiva das empresas produtoras sob o beneplácito da omnipresente EDP.

Isto para eu expor a minha posição.

Precisamos cada vez mais de contar com muita energia elétrica. Precisamos de tal garantir sem depender de terceiros ou do perigo de alterações do clima, dificilmente controláveis nas próximas décadas .

Não sei se não teremos de um dia vir a considerar o uso de energia nuclear e sem receios.

Circulam no mar centenas de embarcações movidas energia nuclear. No ar andam aviões com bombas nucleares. Há novas centrais nucleares a nascerem em alguns países e outras já funcionam há muitos anos.

Em Portugal existiu ( não sei se ainda existe ) um pequeno reator nuclear. Não digo onde.

Toda a forma de produção de energia tem os seu aspectos negativos ou perigosos, em maior ou menor grau mas mesmo as centrais nucleares vão sofrendo enorme evolução tecnológica e portanto, pelo menos, devia haver a coragem para se estudar com seriedade a sua implantação em Portugal. Seria nossa total independência no campo da energia.

Contra ventos e marés, eu defendo tal passo.