Vou escrever algumas linhas sobre um episódio da vida do nosso Santo António, muito disputado por Pádua.
E esse episódio, relatado em dezenas de textos, saltou aos meus olhos em cinco dos livros que tenho sobre a sua extraordinária vida.
Nascido em Lisboa, num determinado momento obteve autorização para ir evangelizar em Marrocos onde foram torturados e mortos cinco missionários espanhóis.
Ora todos os autores e os mais ilustres historiadores, baseados em documentos do final do século treze afirmam que terá adoecido e decidido voltar para Portugal.
Mas o barco foi levado por uma tempestade até à Sicilia.
E foi a partir dali que iniciou o seu percurso de grande e ilustre pregador até chegar a Pádua e recebido por São Francisco.
O que me importa, é que estranho o relato da grave doença e da tempestade.
E porquê?
Uma tempestade que durou cerca de 500 milhas náuticas?
Desde a costa marroquina até Sicilia não apareceram outras ilhas?
A partir da Sicilia porque não aparecem mais referências a uma grave doença?
Estaremos perante um relato adaptado a determinadas circunstâncias?
Sem qualquer base e apenas raciocinando, a verdade”verdadeira “… pode ser que existindo realmente a tempestade, o navio chegou a zonas costeiras de França por desejo da tripulação e quem sabe, talvez a rogo do próprio Santo António e que está comprovado que esteve em França.
Um emérito Franciscano português, profundo estudioso da vida de Santo António defende a primeira versão, existente em textos antigos.
Quem sou eu para o contradizer?
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