sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ORÇAMENTO E CIDADANIA

Não posso deixar de abordar aqui alguns pontos do Orçamento para 2015, elaborado certamente por habitantes do Planeta Marte.


Parece ter existido a preocupação de o "armadilhar" no pressuposto de que o opositor PS poderá ser o próximo Governo.


Sem duvida que no pouco que ainda se conhece existe ali alguma coragem politica e medidas imprescindíveis perante o que  nos exige o carrasco europeu.


Também se descortina algum cheirinho a cenoura para os próximos eleitores.


E não menos importante, aparece o fundamentalismo ambiental atacando os sacos de plástico com uma incrível taxa !


O apoio a Famílias ditas numerosas é efetivamente uma medida da maior justiça e peca por demasiado conservadora.


O fim da CES aos reformados pensionistas, representa na verdade a reposição de uma situação que  nunca deveria ter sido objeto de um verdadeiro confisco. Não preciso de explicar porquê.


Mas o que me espanta é a falta de bom senso nos cortes, nomeadamente na redução da verba para a Educação quando deveria ser o setor mais protegido uma vez que será sempre por ali que o País potencia as suas capacidades para um maior desenvolvimento. E afirmo isto agora como sempre o tenho feito ao longo de muitos anos e oportunidades.


Outro ponto curioso e que revela uma imaginação perturbadora, promete determinada devolução ao Contribuinte se a receita futura tal permitir por força de um superavit !


Apenas uma histórica referencia para os leitores poderem ver onde poderiam existir poupanças significativas. O Gabinete de um Ministro no período anterior a 1974 era constituído por um Chefe de Gabinete, dois Secretários  e uma pequena secretaria administrativa. Comparem com o que temos agora. Nada de montanhas de assessores , não eram necessários pois as Direções Gerais tinham gente competente a quem o Ministro solicitava a tal assessoria.


O Orçamento agora apresentado precisa de ser bem lido e analisado, algo que nós raramente fazemos uma vez que beneficiamos das dezenas de comentadores que nos entram em casa, o que não obsta a que também teçamos alguns breves comentários. Cidadania a tal obriga !


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